29 de outubro de 2007

Serenidade





"Não há razão para termos medo das sombras. Apenas indicam que em algum lugar próximo brilha a luz."



Ruth Renkel

23 de outubro de 2007

O homem, a luta e a eternidade


Adivinho nos planos da consciência

dois arcanjos lutando com esferas e pensamentos

mundo de planetas em fogo

vertigem

desequilíbrio de forças,

matéria em convulsão ardendo pra se definir.

Ó alma que não conhece todas as suas possibilidades,

o mundo ainda é pequeno pra te encher.

Abala as colunas da realidade,

desperta os ritmos que estão dormindo.

À guerra! Olha os arcanjos se esfacelando!


Um dia a morte devolverá meu corpo,

minha cabeça devolverá meus pensamentos ruins

meus olhos verão a luz da perfeição

e não haverá mais tempo.


Murilo Mendes

18 de outubro de 2007

Autopsicografia




O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.


E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.


E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.

Fernando Pessoa

16 de outubro de 2007

Eu sei...


Eu sei!
Tudo pode acontecer
Eu sei!
Nosso amor não vai morrer
Vou pedir aos céus
Você aqui comigo
Vou jogar no mar
Flores prá te encontrar...


Não sei!
Por que você disse adeus
Guardei!
O beijo que você me deu
Vou pedir aos céus
Você aqui comigo
Vou jogar no mar
Flores prá te encontrar...


Yeah! Yeah!
You say good-bye
And I say hello
You say good-bye
And I say hello
Oh! Oh! Uh!
Yeah! Yeah! Yeah!
Yeah!Yeah! Yeah!
Yeah! Yeah!Yeah!
Yeah! Yeah! Yeah!...


Não sei!
Por que você disse adeus
Não sei
Guardei!
O beijo que você me deu
Vou pedir aos céus
Você aqui comigo
Vou jogar no marFlores
prá te encontrar...


Yeah! Yeah!
You say good bye
And I say hello
You say good bye
And I say hello
Oh! Oh! Oh! Oh!
Yeah! Yeah! Yeah!
Yeah!Yeah! Yeah!
Yeah! Yeah!Yeah!
Yeah! Yeah! Yeah!
Uh! Uh! Uh! Uh!...
Papas na língua


(como sou loira... não consigo passar o vídeo) lol

15 de outubro de 2007

Mãe...



Ó Senhora minha, ó minha Mãe,

eu me ofereço todo(a) a vós,

e em prova da minha devoção para convosco,

Vos consagro neste dia e para sempre,

os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca,

o meu coração e inteiramente todo o meu ser.

E porque assim sou vosso(a),

ó incomparável Mãe,

guardai-me e defendei-me como propriedade vossa.

Lembrai-vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa.

Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.

5 de outubro de 2007

Paix




"Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix.
Là où il y a de la haine, que je mette l’amour.
Là où il y a l’offense, que je mette le pardon.
Là où il y a la discorde, que je mette l’union.
Là où il y a l’erreur, que je mette la vérité.
Là où il y a le doute, que je mette la foi.
Là où il y a le désespoir, que je mette l’espérance.
Là où il y a les ténèbres, que je mette votre lumière.
Là où il y a la tristesse, que je mette la joie.
Ô Maître, que je ne cherche pas tant à être consolé qu’à consoler, à être compris qu’à comprendre, à être aimé qu’à aimer, car c’est en donnant qu’on reçoit, c’est en s’oubliant qu’on trouve, c’est en pardonnant qu’on est pardonné, c’est en mourant qu’on ressuscite à l’éternelle vie."

1 de outubro de 2007

Sabedoria



"Não, não vou por aí. Só vou por onde me levam os meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde, porque me
repetís: "Vem por Aqui"?

Como, pois, sereis vós que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
para eu derrubar os meus obstáculos?

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "Vem por aqui"!

A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...

Não sei para onde vou
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"



José Régio